O mês de outubro de 2025 registrou queda nos investimentos em máquinas e equipamentos. Houve, no período, queda na aquisição de bens importados e nas compras dos bens produzidos localmente. Foram consumidos no período R$ 34,6 bilhões em máquinas e equipamentos, 4,5% abaixo do resultado do mesmo mês de 2024.
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou queda na receita líquida de vendas no mês de outubro, que caiu 3,4% em relação a outubro de 2024, alcançando R$ 26,2 bilhões. O resultado de outubro anulou parte do crescimento do mês de setembro de 2025 (+11,3%) e colocou o setor novamente em desaceleração.
No acumulado do ano, o setor registrou incremento de 9,1% na receita, valor que indica declínio no ritmo de crescimento em 2025 - até setembro, o setor acumulava crescimento de 10,8%
O mercado interno continua sendo o principal suporte da atividade, mas perdeu ritmo em relação ao observado no primeiro semestre, reflexo da política monetária contracionista. No mês de outubro a receita com vendas internas caiu 4,7% ante o mesmo mês de 2024, ao movimentar R$ 18,2 bilhões. Dentre as
atividades as maiores quedas ocorreram em máquinas para agricultura, componentes e máquinas para construção.
No ano (janeiro a outubro) a taxa de expansão desacelerou, mas manteve resultado da receita interna 11,4% acima da observada no mesmo período de 2024. Houve no ano forte demanda por máquinas para bens de consumo, mas também por componentes e máquinas agrícolas.
Exportações
As exportações de máquinas e equipamentos atingiram US$ 1.484,37 milhões em outubro de 2025, crescimento de 12% em relação ao mês anterior e de 7,2% frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, o setor superou o mesmo patamar de 2024, mesmo diante do recuo nos preços médios das máquinas no mercado internacional (-1,9%) e da redução das compras pelos Estados Unidos (-12,4%).
O aumento no volume físico exportado (+3,3%), aliado ao crescimento das vendas para outros destinos, compensou as perdas decorrentes da desaceleração do mercado norte-americano e da queda dos preços internacionais.
Importações
No mês, houve crescimento das importações em cinco das sete atividades mapeadas. Os maiores avanços foram observados no setor de óleo e gás (+54,6%) e da construção civil (+19,6%). No acumulado do ano, o crescimento médio foi de 8,5%, com expansão em cinco das sete atividades. Destacaram-se os aumentos nas importações de máquinas para infraestrutura (+12,7%), bens de consumo (+13,0%) e para a indústria de transformação (+13,9%).
As importações de máquinas e equipamentos em 2025 representaram, em média, 45,4% do consumo nacional, proporção semelhante à observada no mesmo período de 2024. Entretanto, alguns segmentos apresentaram participação das importações superior a 50% do mercado nacional, notadamente os de máquinas para infraestrutura, para a indústria de transformação de metais e componentes.